Como controlei a ansiedade com pequenas mudanças na rotina
- Jady Melo
- 23 de mai.
- 3 min de leitura

Se tem uma coisa que eu aprendi nos últimos anos, é que a ansiedade não avisa quando vai chegar. Ela simplesmente se instala, toma conta da mente e, de repente, respirar fundo já não parece o suficiente. Mas também aprendi que, com pequenas mudanças no dia a dia, é possível retomar o controle, reencontrar o equilíbrio e recuperar o bem-estar.
Hoje quero compartilhar minha experiência real sobre como controlar a ansiedade no dia a dia. Não sou terapeuta, mas sou alguém que aprendeu a conviver com a ansiedade de forma mais leve — e talvez meu relato possa ajudar você também.
Quando percebi que algo não estava bem
A ansiedade se manifestou de forma sutil no início: dificuldade para dormir, pensamentos acelerados, tensão constante. Eu achava que era “normal”, só estresse do dia a dia. Mas os sintomas foram se intensificando:
Taquicardia sem motivo
Sensação de sufocamento
Irritabilidade por coisas pequenas
Choro inesperado
Sensação constante de estar sobrecarregado
Foi aí que me perguntei: Será que estou mesmo bem?
Ansiedade e rotina: como pequenos ajustes fizeram a diferença
Eu não podia parar tudo, tirar férias ou me isolar do mundo. Então decidi fazer o que era possível: ajustar a rotina com pequenas mudanças que ajudassem minha mente a desacelerar. E aos poucos, as coisas começaram a melhorar.
1. Criei uma rotina matinal com intenção
Troquei o hábito de já pegar o celular ao acordar por alguns minutos de silêncio, respiração profunda e gratidão. Isso mudou completamente o tom dos meus dias.
2. Aprendi a dizer “não” sem culpa
Parei de aceitar compromissos que me sobrecarregavam. Priorizar minha saúde mental virou prioridade, e isso exigiu aprender a impor limites.
3. Escrevi sobre o que sentia
Comecei a manter um diário emocional. Colocar no papel meus pensamentos e medos foi libertador — uma forma de organizar o caos interno.
4. Comecei a praticar atividades físicas leves
Não virei atleta, mas andar 30 minutos por dia ou fazer alongamentos ajudaram meu corpo a liberar tensões acumuladas.
5. Reduzi a cafeína e melhorei o sono
Troquei o café da tarde por chás calmantes e passei a evitar telas antes de dormir. O resultado foi um sono mais profundo e restaurador.
6. Resgatei hábitos que me davam prazer
Voltei a ler livros, ouvir música, cuidar de plantas. Atividades simples que me conectam com o presente e me acalmam.
Dicas para lidar com a ansiedade que funcionaram comigo
Se você também sente que a ansiedade está atrapalhando sua rotina, aqui vão dicas práticas que funcionaram pra mim:
Respire fundo por 3 minutos quando sentir que a mente está acelerada
Pratique a técnica do “aqui e agora”: observe 5 coisas que vê, 4 que sente, 3 que ouve, 2 que cheira, 1 que saboreia
Estabeleça pausas intencionais durante o dia, mesmo que de 5 minutos
Evite excesso de informação (notícias, redes sociais, etc.)
Procure ajuda profissional se a ansiedade estiver limitando sua vida
Perguntas frequentes que recebo sobre ansiedade
“É normal ter crises mesmo quando está tudo bem?”
Sim. A ansiedade muitas vezes independe de causas aparentes. Ela está ligada à forma como interpretamos situações, não só ao que está acontecendo.
“A ansiedade atrapalha o sono?”
Muito. Pensamentos acelerados dificultam o relaxamento. Criar uma rotina de sono e evitar estímulos noturnos ajuda bastante.
“Falar sobre ansiedade com os outros ajuda?”
Demais! Quando comecei a dividir o que sentia com pessoas próximas, percebi que não estava sozinha — e isso trouxe alívio.
Reflexões que me ajudaram a controlar a ansiedade
“Nem tudo que penso é verdade.”
“Sentir ansiedade não me define.”
“Posso desacelerar sem me sentir culpado.”
“Não preciso resolver tudo agora.”
Essas frases viraram mantras que me ajudam nos dias difíceis. Talvez uma delas faça sentido pra você também.
Conclusão: controlar a ansiedade é possível com cuidado diário
Aprender como controlar a ansiedade no dia a dia não é sobre eliminar todos os sintomas, mas sobre construir uma relação mais saudável com as emoções. É entender seus sinais, respeitar seus limites e buscar estratégias que façam sentido para a sua realidade.
Não se cobre tanto. Você não está sozinho nessa caminhada. Com pequenas mudanças e grandes doses de compaixão, é possível reencontrar a calma que parecia perdida.
Comments